O fogo preso, prática ainda comum em muitas aldeias portuguesas, teve origem em rituais antigos de celebração e festa popular. No entanto, o que outrora foi símbolo de união comunitária, hoje representa uma agressão direta ao ambiente, aos animais e às pessoas.

Visualmente poluente, sonoramente agressivo e altamente nocivo para a atmosfera, o fogo preso é tudo menos inofensivo. Hoje, entre as 10:00 e as 11:30 da manhã, durante uma aula de surf na praia com crianças e adultos, o rebentamento inesperado de fogo preso causou o caos. Crianças assustadas, atividade interrompida e a necessidade urgente de acalmar quem foi apanhado de surpresa. No final, professores, nadadores-salvadores e pais juntaram-se para recolher o lixo tóxico espalhado pela areia — o rasto visível de uma prática ultrapassada.

O fogo preso não é apenas ruído ou fumo: é poluição atmosférica, sonora, visual e emocional. Ameaça o bem-estar da população, assusta animais, destrói ecossistemas e deixa marcas que não se veem, mas se sentem.

Apelamos com urgência a todas as autarquias de Portugal: ponham fim imediato ao uso do fogo preso.
A tradição não pode continuar a justificar a destruição do que é de todos — o silêncio da natureza, o bem-estar das pessoas e a saúde do planeta.

@prio @prioenergy @deeplyeurope @avene @municipio.espinho @surfriderfoundationeurope @surfriderfoundationspain @surfriderfoundationportugal